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Marmor é um projeto multicultural, que envolve literatura, mitologia céltica, história, música, poesia, dança, animação, comic book, RPG e muito mais. No qual tive a honra de participar na escrita da parte mitológica, com revisão e consultoria de Bellovesos Isarnos. A convite do querido amigo e escritor, Eduardo Amaro. Lançamento oficial (CD + livro) na Comic Con Experience 2014, no Centro de Exposições Imigrantes em São Paulo.
Os Celtas
Aspectos histórico-mitológicos
Em uma linguagem acessível, abordaremos alguns dos principais aspectos históricos da mitologia céltica, para que o leitor se situe no mundo do livro Alma Celta. Partes dessa introdução foram extraídas do livro The World of the Druids, de Miranda Jane Aldhouse Green, doutora em arqueologia e chefe do SCARAB (Centro de pesquisas da Religião, Arqueologia, Cultura e Biogeografia) da Universidade de Gales.
As primeiras referências históricas sobre os povos celtas encontram-se na literatura grega, por volta de 500 a.C. Escritos gregos relatam que os celtas habitavam uma vasta área geográfica, que incluía a França, a Espanha e se estendia até o Danúbio Superior, na Europa Oriental. Alguns arqueólogos defendem a gradual “celtização” de culturas na Europa Setentrional e Meridional por volta de 1500 a.C., indo desde a Bretanha céltica à Irlanda.
A palavra celta é derivada de “keltoi”, usada pelos antigos historiadores gregos para denominar as tribos europeias do norte. Entretanto, o termo “celta”, dado aos povos de mesma língua é uma designação relativamente recente, datada a partir do século XVIII...
Os Celtas na atualidade
Apesar do declínio das línguas celtas, a sua sobrevivência é certa graças àqueles que buscam o regaste histórico desta cultura. Em termos gerais, a sua definição é uma questão que levanta a abordagem de como a linguagem realmente é importante para a identidade céltica na visão moderna, presente também nos nomes toponímicos. Mas devemos ter em mente que os habitantes, por exemplo, da Escócia, Irlanda, País de Gales, Ilha de Man, Cornualha, e Bretanha não se definem como celtas, embora o atual movimento pancelta insista nesse conceito...
No passado, o renascimento celta foi visto de maneira idealista e platônica ao tentar resgatar os costumes celtas, através dos movimentos literários da época. Precisamos ter cuidado para não incorrermos no mesmo erro nas práticas druídicas modernas. E o mesmo pode ser dito dos estudiosos, particularmente, dos acadêmicos e historiadores revisionistas. Podemos afirmar que as principais fontes de informação sobre os antigos Celtas e Druidas são descritos em relatos clássicos de historiadores greco-romanos, em dados arqueológicos e nos registros de monges cristãos, entre os séculos VIII e XII d. C.
Outros meios possíveis para se entender os celtas e os seus costumes nos dias atuais, seriam através de analogias e estudos comparativos entre eles e outras culturas indo-europeias semelhantes ou que conviveram entre si, em algum período da história.
Rowena A. Senėwėen ®
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