Fábulas devem ser ensinadas como fábulas, mitos, como mitos e milagres, como fantasias poéticas. Ensinar superstições como verdades é uma coisa terribilíssima. A mente infantil aceita-os e neles acredita e só através de muita dor e, talvez, da tragédia é que poderá ser, anos depois, deles aliviada.
Na verdade, os homens lutarão por uma superstição tão rapidamente como se por uma verdade viva - muitas vezes mais, uma vez que uma superstição é tão intangível que não podes alcançá-la para refutá-la, mas a verdade é um ponto de vista e, por isso, é mutável.
A vida é um desdobramento e, quanto mais viajamos, mais verdade podemos compreender. Entender as coisas que estão a nossa porta é a melhor preparação para a compreensão daquelas que estão além.
Preserve seu direito de pensar, pois mesmo pensar erroneamente é melhor do que não pensar de forma alguma.
Hipácia de Alexandria (filósofa, 350 - 415 E. C.)
Tradução: Belloṷesus Īsarnos
"Havia uma mulher chamada Hipácia de Alexandria, na antiga civilização helênica, filha do filósofo Theon, que fez várias realizações em literatura, ciência, astronomia e matemática, superando todos os filósofos de seu tempo. Na escola de Platão e Plotino, ela explicava os princípios da filosofia aos seus auditores, muitos dos quais viam de longe para receber suas instruções. Por conta da posse de si mesmo e da facilidade de se expressar, que ela tinha adquirido em consequência do cultivo da sua mente, aparecia sempre em público na presença dos magistrados. A sua extraordinária dignidade e virtude eram admiradas por todos. Mesmo assim, na primavera de 415 d.C., Hipácia vivenciou uma situação trágica quando um grupo de monges cristãos agrediram e arrastaram o seu corpo para uma igreja, onde sua carne foi mutilada com telhas afiadas e em seguida queimada."
Imagem do filme Ágora: Hypatia of Alexandria.
Bênçãos do Céu, da Terra e do Mar!
Rowena A. Senėwėen ®
Pesquisadora da Cultura Celta e do Druidismo
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